Apresentação, objetivos, histórico e contextualização

Apresentação e objetivos

O Curso de Mestrado Profissional em Farmacologia (MPF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi criado em 2009, conta atualmente (março de 2024) com 6 áreas de concentração, 9 linhas de pesquisa e 16 docentes orientadores, sendo 12 (75%) permanentes e 4 (25%) colaboradores. Nove docentes são bolsistas de produtividade do CNPq. Conforme ilustrado abaixo, 83 discentes já defenderam a respectiva dissertação e outros 38 discentes a então desenvolvendo nesse momento.

Nosso objetivo é desenvolver o senso ético, científico e crítico de profissionais da área biomédica sobre aspectos farmacológicos inerentes ao desenvolvimento de fármacos e sua interação com o organismo para que eles possam aplicar tais habilidades na resolução de uma questão relevante em sua prática profissional em hospitais, farmácias privadas, hospitalares e de centros de saúde, indústrias farmacêuticas, laboratórios de análises bioquímico-toxicológicas, instituições de ensino superior, bem como em órgãos governamentais envolvidos na regulação ou controle do uso de fármacos e medicamentos, dentre outros.

Com o auxílio de nossos discentes e do PPGFMC, também procuramos promover ações para a melhoria e promoção da saúde por meio de atividades voltadas para a divulgação científica e a popularização da ciência por meio de página eletrônica nas principais mídias sociais, tais como Twitter, Facebook, Instagram e Youtube.

Quais as características dos Mestrados Profissional e Acadêmico em Farmacologia?

 

Histórico e contextualização do Curso

O Curso de Mestrado Profissional em Farmacologia (MPF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi criado em 2009. Sua proposição decorreu do posicionamento favorável do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia (PPGFMC; modalidade acadêmica, conceito 7 na CAPES) da UFSC à consulta feita pela Universidade Paranaense (UNIPAR) em conjunto com a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi (Toledo, PR). A proposta de um Curso de MPF visava suprir a necessidade de conciliar a formação em pesquisa biomédica investigativa com atividades já em desenvolvimento dentro de ambiente industrial na área de fármacos e medicamentos. O início efetivo das atividades do Curso de MPF ocorreu em 2010 com uma turma de 20 discentes, sendo oito da empresa Prati-Donaduzzi, três da empresa Biocinese (que realiza estudos com biofármacos), e nove profissionais da área da saúde que atuavam como médicos, farmacêuticos e/ou docentes de instituições de ensino superior (IES) privadas. Todos concluíram as disciplinas e defenderam a respectiva dissertação.

Por se tratar da primeira turma de MPF, o Colegiado ponderou que um novo edital de seleção para ingresso ao Curso deveria ocorrer somente em 2012, após a finalização da turma inicial. O fato dos docentes se deslocarem da UFSC (Florianópolis, SC) para a UNIPAR (Toledo, PR), local onde as aulas e demais atividades eram realizadas, também influenciou nessa decisão. Com a mudança na legislação vigente na época, que vetou o ressarcimento dos custos relativos à interação e deslocamento entre as duas instituições supracitadas, o Colegiado decidiu por cancelar a abertura de uma nova turma do MPF na cidade de Toledo e outras regiões distantes da sede da UFSC. Neste ínterim, realizamos uma análise conjunta com o Colegiado do PPGFMC sobre manter o Curso de MPF. O consenso foi de mantê-lo, mas ajustando-o às demandas dos profissionais da área biomédica residentes em Santa Catarina, que buscam na UFSC a oportunidade de desenvolver habilidades científicas e de liderança para abordar apropriadamente questões de relevância profissional em seus respectivos locais de trabalho que envolvam a farmacologia e áreas afins, cuja resolução terá impacto socioeconômico positivo. Como antecipado, o público-alvo do Curso de MPF se tornaria mais heterogêneo, assim optou-se por atualizar uma parte do quadro de orientadores para incluir docentes com experiência no exterior e/ou com bolsa de produtividade do CNPq. Estes não foram apenas oriundos da área de Farmacologia, mas também de outras áreas correlatas, tais como Ciências Farmacêuticas, Fisiologia e Toxicologia, onde o estudo e o desenvolvimento de fármacos também são temas de interesse.

Desta forma, em 2013 foi realizado o processo seletivo para a segunda turma do MPF, no qual foram aprovados seis candidatos, que ao longo de 2014 elaboraram o respectivo projeto de dissertação. Em novembro de 2014 houve o processo seletivo para compor a terceira turma, sendo que 11 candidatos foram aprovados e se matricularam para iniciar o Curso em março de 2015. A abertura de vagas e o interesse pelo MPF se mantiveram constantes ao longo dos quatro anos seguintes, pois a quarta, quinta, sexta, sétima, oitava e nova turmas, cujas atividades iniciaram-se em março de 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021, respectivamente, foram compostas por nove a doze discentes cada. Conforme ilustrado no gráfico acima, entre 2010 e 2021, 86% dos discentes concluíram o Curso com a defesa da respectiva dissertação, 8% desistiram por motivos pessoais, e os demais (6%) foram desligados. Ao final de 2021, o Curso mantinha em seu quadro 20 mestrandos regularmente matriculados. Outros 14 foram selecionados no final de 2021 para compor a décima turma, que iniciará em abril de 2022.

O Colegiado pleno do MPF reúne-se frequentemente em reuniões ordinárias, sendo que a última reunião do ano é feita para discutir especificamente o andamento do Curso e o planejamento para o ano vindouro. Com base na heterogeneidade crescente nas demandas farmacológicas dos profissionais da área biomédica interessados em nosso Curso que foi identificada durante os processos seletivos de 2016 e 2017, houve consenso pela ampliação e diversificação do quadro de orientadores. Para tanto, realizamos uma seleção com professores de diversos departamentos dos Centros de Ciências Biológicas e de Ciências da Saúde da UFSC. Dois deles, com “expertise” e perfil complementares aos já vinculados ao MPF, foram selecionados e cadastrados como novos orientadores. Em função disso, o processo seletivo para compor as próximas turmas passou a contar com até 12-14 vagas. Assim, a sétima, oitava, nona e décima turmas, cujas atividades iniciaram-se em março de 2019, 2020, 2021 e 2022, respectivamente, são compostas por 12, 10, 10 e 14 discentes cada. O número de candidatos por vaga no MPF tem se mantido em três e cinco desde o início da segunda fase do Curso. Mesmo assim, realizamos uma seleção bem rigorosa, o que faz com que, às vezes, nem todas as vagas sejam preenchidas.

A criação do Curso de MPF comemorou 10 anos em 2019, assim docentes e discentes organizaram um evento que contou com a presença de egressos, discentes, orientadores, coordenadores de outros Cursos de Mestrados Profissionais e da Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSC, bem como do Coordenador de Cursos/Programas Profissionais da CAPES, professor Frédéric Jean Georges Frézard. A finalidade foi contextualizar historicamente o Curso, aumentar sua integração, visibilidade e inserção social dentro e fora da UFSC. Houve depoimento de alguns egressos sobre conhecimentos, habilidades, produtos e/ou atividades (ex.: patente, software, procedimento operacional padrão, cartilhas, curso, palestra, etc.) advindos da realização do Curso e da dissertação que são úteis no contexto profissional.

Há várias ações em andamento visando a evolução do Curso e sua articulação com o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSC: (i) atualização e complementação das informações no website do MPF; (ii) reavaliação das áreas de concentração, das linhas de pesquisa vigentes, dos critérios de cadastramento e recadastramento de orientadores e da distribuição dos discentes; (iii) autoavaliação; (iv) planejamento estratégico; e (v) estratégias de estreitamento das interações para otimizar a autossustentação do Curso. Destaca-se que a busca por tais ações tem sido uma característica do Colegiado e da Coordenação do Curso.

Como resultado do comprometimento dos docentes e discentes do Mestrado Profissional em Farmacologia, na última avaliação quadrienal da CAPES, subimos para Conceito 5, nota máxima para programas que oferecem apenas o mestrado.